domingo, 29 de abril de 2012

Bebidas isotônicas e energéticas podem ser ingeridas por crianças e adolescentes praticantes de atividade física?




Não. A ingestão de bebidas energéticas apresenta riscos potenciais para a saúde principalmente devido ao conteúdo estimulante e, portanto, não são apropriados para crianças e adolescentes praticantes de atividade física. Esta é a orientação do Comitê de Nutrição da Academia Americana de Pediatria (CNAAP) e o Conselho de Medicina do Esporte e Fitness (CMEF), que realizaram uma revisão exaustiva da literatura entre 2000 a 2009.

Além disso, eles sugerem que a ingestão rotineira de bebidas isotônicas por crianças e adolescentes deve ser evitada ou restrita. A ingestão destas bebidas pode levar ao consumo excessivo de calorias e um risco aumentado de sobrepeso e obesidade, bem como a erosão dental.

As erosões dentárias causadas por essas bebidas são as principais consequências e motivo de preocupação para a saúde de crianças e adolescentes. O estudo de Bartlett e colaboradores demonstrou que a erosão do esmalte dental ocorreu em 57% entre a idade de 11 a 14 anos. A maioria dessas bebidas apresenta um pH ácido (pH 3-4), sendo este fator associado com a desmineralização do esmalte do dente.

Os pesquisadores observam que os atletas pediátricos podem se beneficiar do uso de bebidas isotônicas, contendo carboidratos, proteínas e eletrólitos. No entanto, para a maioria das crianças praticantes de atividade física de rotina, substituir a água por bebidas isotônicas para hidratação geralmente é desnecessário.

Outro estudo avaliou 78 adolescentes e demonstrou que 56,4% usavam bebidas isotônicas e 42,3% consumiram bebidas energéticas frequentemente. Segundo os autores desta pesquisa, as razões que levavam o consumo dessas bebidas pelos adolescentes incluíam o sabor, sede e energia extra para melhorar o desempenho no esporte. Os pesquisadores também descobriram que os adolescentes não sabiam a diferença entre bebidas isotônicas e energéticas, além de confundirem a função dessas bebidas.

Em conclusão, de acordo com o CNAAP e o CMEF, as bebidas isotônicas podem ter um papel importante e específico na dieta de atletas jovens que estão envolvidos em esportes vigorosos e prolongados, principalmente para reidratar e repor os carboidratos, eletrólitos e água perdidos durante o exercício. No entanto, a confusão sobre a diferença entre as bebidas isotônicas e energéticas pelos jovens pode levar à ingestão acidental de bebidas energéticas quando seu objetivo é simplesmente para reidratar e repor os carboidratos, eletrólitos e água com bebidas isotônicas. O uso das bebidas energéticas no lugar de bebidas isotônicas para a reidratação pode resultar em ingestão de quantidades potencialmente grandes de substâncias estimulantes, como a cafeína ou outros, afetando a saúde de crianças e adolescentes.

http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=667&categoria=6

VÍDEO COM A NUTRI ANDREIA NEVES

http://g1.globo.com/bem-estar/videos/t/edicoes/v/chefe-de-cozinha-da-dicas-de-como-incrementar-uma-salada/1915830/

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Curso "Suplementos Nutricionais e Recursos Ergogênicos".

O Grupo UNIASSELVI/FAMEBLU oferece o Curso "Suplementos Nutricionais e Recursos Ergogênicos".

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS E RECURSOS ERGOGÊNICOS
Professora: Aline Mendonça Ogata
Carga Horária: 15 h/a
Investimento: R$ 80,00 para público interno (acadêmicos, egressos, funcionários e professores do Grupo UNIASSELVI) e R$ 100,00 para público externo.
Realização do Curso: 8, 15, 22 e 29/05 e 5/06/2012 (terça-feira)
Horário: Das 19h às 22h
Local: Campus II - Rua Engenheiro Udo Deeke, 521 Salto do Norte - Blumenau.

Período de Inscrição: 2/04 à 4/05/2012
Local: Tesouraria dos dois campi do Grupo UNIASSELVI/FAMEBLU.

Informações: Coordenadoria de Extensão da FAMEBLU -             (47) 3321-9058       - das 13h às 22h
ass.extensao.fameblu@uniasselvi.com.br

Palestra Terapia Nutricional para Pacientes Oncológicos: Imunonutrição.

 Dia dia 29 de maio, às 19h e será gratuito - mas devem entrar no site para realizar a inscrição - entre em IEP - EVENTOS. Local: hospital Santa Catarina

Vaga para nutricionista em Blumenau

NATURAS - vaga para nutricionista na Itoupava Central, 210 refeições. CONTATO COM: MICHÉLLE -            (47) 9927 1634      .

sábado, 21 de abril de 2012

Artigo ANTROPOMETRIA NA PRÁTICA CLÍNICA

http://rubs.up.edu.br/arquivos/rubs/RUBS%20II/Abtropometria%20na%20pr%C3%A1tica%20cl%C3%ADnica.pdf

Um Guia para completar a Mini Avaliação Nutricional®

http://www.mna-elderly.com/forms/mna_guide_portuguese.pdf

Quais os benefícios do consumo de vinho tinto para a saúde humana?



Estudos demonstram que o consumo moderado de vinho tinto promove efeitos benéficos na prevenção de doença cardíaca coronária e aterosclerose. O vinho tinto possui diversos compostos bioativos que apresentam efeitos benéficos para a saúde humana, sendo que a quantidade moderada corresponde a duas taças para homens e uma taça para mulheres por dia.

Dentre esses compostos, destacam-se os polifenóis, derivados da pele e semente da uva, responsáveis pelo amargor, adstringência e a cor do vinho. Os polifenóis presentes no vinho tinto atuam beneficamente por possuirem atividade antioxidante, antiaterosclerótica, efeitos cardioprotetores e anticancerígenos.

Diversas evidências têm observado que eles inibem a oxidação do colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) tanto em estudos in vitro quanto in vivo. A oxidação do colesterol LDL tem papel importante no desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica, por isso o consumo moderado do vinho tinto tem sido relacionado com a prevenção de eventos cardiovasculares.

Assim, pesquisadores sugerem que o consumo regular de polifenóis do vinho tinto pode, em parte, explicar o "paradoxo francês", que apesar do alto consumo de gordura saturada na alimentação dos franceses a mortalidade por doença coronária é baixa.

Os polifenóis são classificados em dois grupos: flavonóides e não-flavonóides. Os flavonóides mais comuns nos vinhos são os flavonóis (quercetina, caempferol e miricetina), flavan-3-óis (catequina, epicatequina e os taninos) e as antocianinas. Os não-flavonóides consistem de estilbenos (resveratrol), ácidos benzoicos e cinâmicos.

Dentre esses compostos, o resveratrol tem recebido destaque na literatura científica. Os estudos indicam que o resveratrol é um potente composto cardioprotetor e imita os efeitos da restrição calórica. As pesquisas revelam propriedades de antienvelhecimento, anticancerígenas, anti-inflamatórias e antioxidante que podem ser relevantes para as doenças crônicas e longevidade em humanos.

http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=666&categoria=34

Deficiência de vitamina D está associada com aumento de mortalidade em UTI



Estudo publicado na revista científica Critical Care Medicine demonstrou que a deficiência de 25-hidroxivitamina D, no momento da internação em unidade de terapia intensiva (UTI), é um preditor significativo de todas as causas de mortalidade em pacientes criticamente doentes.

A pesquisa incluiu 1.325 pacientes, com idade ≥ 18 anos, em que foram avaliados os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D dentro de sete dias antes a sete dias depois da internação em UTI. O estado de vitamina D foi classificado da seguinte maneira: deficiência (25-hidroxivitamina D ≤15 ng/mL), insuficiência (16-29 ng/mL) e suficiência (≥30 ng/mL).

A média de 25-hidroxivitamina D foi de 18,2 (± 13,7) ng/mL, em que 668 (50,4%) eram deficientes, 472 (35,6%) apresentaram insuficiência e 185 (14,0%) indivíduos foram classificados como suficientes. Trinta dias após o início da internação na UTI, os pacientes com deficiência de 25-hidroxivitamina D apresentaram maiores chances de mortalidade em quase duas vezes mais (risco relativo de 1,85; p=0,01) em relação aos pacientes com suficiência em 25-hidroxivitamina D.

Os resultados também foram significativos quando a mortalidade foi avaliada em 90 e 365 dias após a internação na UTI. Além disso, a associação entre vitamina D e mortalidade não foi modificada por raça, sepse e estado socioeconômico.

Segundo os autores, os dados sobre a prevalência exata de deficiência de vitamina D em pacientes críticos eram limitados e os dados existentes de suas baixas concentrações são documentados em pacientes com tempo de internação prolongada, provavelmente relacionados com a baixa exposição à luz solar e imobilidade.

“Nossos dados demonstram que a deficiência de 25-hidroxivitamina D está presente no início da terapia intensiva e está fortemente associada com risco significativamente maior de mortalidade, e que este risco é independente de outras comorbidades”, comentam os autores.

“A administração de doses elevadas de 25-hidroxivitamina D pode corrigir a deficiência de vitamina D em pacientes criticamente doentes, mas são necessários mais estudos para determinar se a suplementação de vitamina D pode melhorar a morbidade ou mortalidade”, concluem.

http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=548

Nutricao Pre e Pos - Cirurgia Bariatrica. Participe!



http://ganepeducacao.com.br/loja_virtual/?acao=bu&id=239&categoria=c#

TRATAMENTO NUTRICIONAL DA CAQUEXIA DO CÂNCER: EVIDÊNCIAS DA UTILIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA (BCAA) E β-HIDROXI-β-METILBUTIRATO (HMB)

http://www.nutritotal.com.br/publicacoes/files/1381--TCC_BCAA_HMB.pdf

Concurso para Luís Alves Nutricionista 20 horas

http://www.pciconcursos.com.br/concurso/prefeitura-de-luis-alves-sc-127-vagas

Consulta Pública aos Nutricionistas - Fitoterápicos. Participe!


Consulta Pública aos Nutricionistas - Fitoterápicos. Participe!
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) torna público a abertura de Consulta Pública a fim de colher contribuições para a revisão da Resolução CFN nº 402/2007, que regulamenta a prescrição fitoterápica de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, pelo nutricionista.

Os Plenários dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas tiveram a oportunidade de contribuir com a primeira versão da revisão da Resolução CFN nº 402/2007. A partir disso, o CFN disponibiliza a todos os nutricionistas que tenham interesse em contribuir com o aprimoramento da referida norma a possibilidade de apresentar suas sugestões.

Clique aqui e acesse o texto da Consulta Pública.

Preencha o formulário abaixo, informando o nome, o número de CRN e o Estado. Os dados são necessarios para que o CFN possa identificar as regiões do país que apresentaram suas contribuições e/ou críticas.

Prazo para sugestões: 2 de maio de 2012

http://www.cfn.org.br/eficiente/sites/cfn/pt-br/site.php?secao=secao_noticias&pub=1090

Estudo sobre a flora bacteriana intestinal oferece novas possibilidades no entendimento e tratamento da doença celíaca

Estudo sobre a flora bacteriana intestinal oferece novas possibilidades no entendimento e tratamento da doença celíaca


http://www.vidasemglutenealergias.com/estudo-sobre-a-flora-bacteriana-intestinal-oferece-novas-possibilidades-no-entendimento-e-tratamento-da-doenca-celiaca/1401/

O custo da Alimentação sem Glúten no Brasil


O custo da Alimentação sem Glúten no Brasil

 Revista Vida sem Glúten e sem Alergias, 2010 (www.vidasemglutenealergias.com)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Vaga de empregos para nutricionista em Blumenau

Hotel SESC
Carga Horária: 44h
Vagas: 1
Formação: Nível superior completo em Nutrição;
Requisitos e Preferências: Inscrição no CRN; Experiência em hotéis/restaurantes de grande porte; Habilidade com eventos; Facilidade para trabalhar em equipe
Remuneração: R$ 2.507,00
Observações: BENEFÍCIOS: Previdência complementar - PREVISC; Seguro de Vida; Auxílio medicamento; Odontologia gratuita; Plano de Saúde UNIMED; Desconto nas atividades do SESC; Incentivo a capacitação e desenvolvimento
Maiores informações: (047) 3334-8100

Inscrição na vaga (em andamento)
Período: 12/04/2012 a 20/04/2012 encerrando às 18:00

sábado, 14 de abril de 2012

Cresce o número de brasileiros com excesso de peso e obesidade nos últimos seis anos



Cresce o número de brasileiros com excesso de peso e obesidade nos últimos seis anos

Data:            13/04/2012
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Rita C. B. Castro


Os resultados da pesquisa promovida pelo Ministério da Saúde, denominada Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), revelaram que 48,5% dos brasileiros estão acima do peso, e a porcentagem de obesos subiu de 11,4% em 2006 para 15,8% em 2011. O Ministério da Saúde considera os indivíduos acima do peso aqueles com índice de massa corporal (IMC) ≥25 kg/m2 e obesidade ≥30 kg/m2.

A pesquisa foi realizada em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, em que avaliou 54 mil adultos (≥18 anos) residentes em domicílios com telefone fixo nas capitais dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal. O estudo foi realizado entre janeiro e dezembro de 2011, com o objetivo de medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não transmissíveis na população brasileira, bem como contribuir para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.

O aumento das porcentagens em pessoas obesas e com excesso de peso ocorreu tanto entre os homens quanto em mulheres. As proporções subiram de 47,2%, em 2006, para 52,6% de homens com excesso de peso em 2011, enquanto que 38,5% das mulheres estavam acima do peso em 2006, subiu para 44,7% em 2011.

Esses percentuais variam de acordo com a faixa etária. Entre os 18 e 24 anos de idade 29,4% dos homens apresentam IMC superior 25 Kg/m², já entre os 25 e 34 anos esta porcentagem sobre para 55% , e na faixa etária de 35 a 45 anos, a porcentagem alcança 63% dos homens. Em relação às mulheres,  as que estão entre 18 e 24 anos 25,4% apresentam sobrepeso, esse percentual aumenta para 39,9% na faixa etária entre 25 e 34 anos, e atinge 55,9% das mulheres entre 45 a 54 anos.

Esses dados estão relacionados com o aumento do consumo de alimentos com alto teor energético. A pesquisa encontrou que 34,6% dos brasileiros consomem carnes ricas em gorduras saturadas de maneira excessiva e que 56,9% dos indivíduos consomem leite integral regularmente. Outros hábitos alimentarem que podem contribuir para o aumento do excesso de peso é o consumo de refrigerantes, que ocorreu em 29,8% dos brasileiros que consomem pelo menos cinco vezes por semana. Além disso, apenas 20,2% ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças.

Para conter esse aumento do excesso de peso e obesidade no Brasil, o Ministério da Saúde lançou em 2011 o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis, com investimento em promoção de hábitos saudáveis e parcerias com o setor privado e outros órgãos do governo. Uma dessas ações é o programa Academia da Saúde, com a criação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais para a orientação de práticas de exercícios físicos e lazer.

“Com o resultado desse levantamento nós conseguimos resultados que permitem aprimorar nossas políticas públicas, que são essenciais para prevenir uma geração de pessoas com excesso de peso”, afirma o ministro Alexandre Padilha.



Referência(s)

Brasil. Ministério da Saúde. Quase metade da população brasileira está acima do peso. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/4718/162/quase-metade-da-populacao-brasileira-esta-acima-do-peso.html. Acessado em: 10/04/2012

Passarinho N. Quase metade da população está acima do peso, diz Saúde. Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/04/quase-metade-da-populacao-esta-acima-do-peso-diz-saude.html. Acessado em: 10/04/2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

Projeto de Lei 2389/11: Alimentação saudável na escola


Projeto de Lei 2389/11: em análise pela Câmara dos Deputados, no qual institui diretrizes para a promoção da alimentação saudável em escolas de educação infantil e de ensino fundamental e médio. Esse projeto de lei considera que deverão ser implementadas iniciativas para estimular a implantação de hortas nas escolas, manipulação adequada de alimentos, ações de vigilância da saúde dos alunos, bem como capacitação dos profissionais responsáveis pela alimentação escolar para produzir e oferecer alimentos saudáveis e a restrição da oferta e da propaganda de alimentos calóricos e pouco nutritivos no ambiente escolar.

http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/235--PL%202389_2011-1.pdf

Guia alimentar de dietas vegetarianas para adulto


Foi lançado o guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos pela Sociedade Vegetariana Brasileira. Este documento traz subsídios aos profissionais da nutrição para atender pacientes vegetarianos e aqueles que desejam adotar a alimentação vegetariana. A literatura científica vem demonstrando que as populações vegetarianas têm 31% a menos de cardiopatias, 50% a menos de diabetes, vários cânceres a menos, sendo 88% a menos de câncer de intestino grosso e 54% a menos de câncer de próstata.

http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/234--Guia%20Alimentar%20de%20Dietas%20Vegetarianas%20para%20Adultos%5B1%5D.pdf

L-carnitina melhora padrão hematológico em pacientes com hepatite C

L-carnitina melhora padrão hematológico em pacientes com hepatite C

Data:            05/04/2012
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Camila G. Marques



Pesquisadores italianos publicaram na revista World Journal of Gastroenterology um estudo demonstrando que a suplementação de L-carnitina modula o padrão hematológico e pode ser útil para pacientes em tratamento de hepatite C crônica.

O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da L-carnitina em aliviar anemia, trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue) e leucopenia (redução do número de leucócitos no sangue), buscando a redução da dose do tratamento medicamentoso, com consequente redução dos efeitos colaterais.

Trata-se de um estudo prospectivo e randomizado, que avaliou 69 pacientes com hepatite C crônica em tratamento medicamentoso (interferon alfa peguilado [PEG-IFN-alfa] combinado com a droga antiviral ribavirina [RBV]). Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos:

Grupo L-carnitina (n=35): recebeu PEG-IFN-alfa + RBV + L-carnitina (2g, 2x/dia, via oral), durante 12 meses;

Grupo controle (n=34): recebeu PEG-IFN-alfa + RBV + placebo, durante 12 meses.

Todos os pacientes foram submetidos a exames laboratoriais, incluindo: contagem de glóbulos vermelhos, hemoglobina (Hb), contagem de glóbulos brancos, plaquetas, bilirrubina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e viremia. As biópsias do fígado foram realizadas seis meses antes do início da terapia e seis meses após o fim do tratamento.

Os pesquisadores observaram que após 12 meses, o grupo L-carnitina quando comparado ao grupo controle apresentou menor impacto na redução dos níveis de Hb 1 vs 3,5 (g/dL; p<0,05), glóbulos vermelhos 0,3 vs 1,1 (p<0,001), glóbulos brancos 1,5 vs 3 (× 10 9 / L; P <0,001) e plaquetas 86 vs 85 (10 × 9 / L; P <0,001). Isso indica que houve redução de anemia, neutropenia e plaquetopenia nos pacientes do grupo L-carnitina. Além disso, em comparação entre os grupos, primeiramente o grupo L-carnitina e posteriormente o grupo controle, os pacientes que responderam ao tratamento finais foram de 18 vs 12 (60% vs 44%), e os que não responderam foram 12 vs 15 (40% vs 50%) [p<0,05]. Na mesma comparação, o grupo L-carnitina apresentou melhora significativa da resposta virológica sustentada em 15 vs 7 pacientes (50% vs 25%), enquanto os recidivantes foram 3 vs 5 (10% vs 18%) [p<0,001].

Segundo os autores, o IFN-alfa em associação com ribavirina representa a ferramenta mais eficaz no tratamento de hepatite crónica C. No entanto, esse tratamento pode causar efeitos colaterais hematológicos.
“Estes efeitos adversos levam frequentemente à interrupção do fármaco ou modificações da dose. Em nossos estudos anteriores, observamos que a L-carnitina melhora a resposta terapêutica, qualidade de vida e reduz a esteatose em pacientes com hepatite C tratados com interferon”, comentam os autores.

“O tratamento associado com L-carnitina pode oferecer a possibilidade de adaptar o tratamento para os pacientes aumentarem as chances de uma resposta virológica sustentada, evitando tratamento medicamentoso excessivo. Os efeitos benéficos bem estabelecidos de L-carnitina, incluindo a modulação da produção de energia celular, metabolismo de lipídios, eritropoiese, leucopoiese e trombocitopoiese sugerem fortemente que a suplementação deste nutriente pode ser útil em doentes tratados por hepatite C crônica”, concluem.


Referência(s)

Malaguarnera M, Vacante M, Giordano M, Motta M, Bertino G, Pennisi M, et al. L-carnitine supplementation improves hematological pattern in patients affected by HCV treated with Peg interferon-á 2b plus ribavirin. World J Gastroenterol. 2011;17(39):4414-20.


http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=546

.: Nutricritical - Artigo Resumido - "Fórmulas Imunomoduladoras : Quem vence a corrida das Meta Análises?" :.

.: Nutricritical - Artigo Resumido - "Fórmulas Imunomoduladoras : Quem vence a corrida das Meta Análises?" :.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Próximo sábado! Curso Leites vegetais em floripa


Curso "Suplementos Nutricionais e Recursos Ergogênicos".




O Grupo UNIASSELVI/FAMEBLU oferece o Curso "Suplementos Nutricionais e Recursos Ergogênicos".

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS E RECURSOS ERGOGÊNICOS
Professora: Aline Mendonça Ogata
Carga Horária: 15 h/a
Investimento: R$ 80,00 para público interno (acadêmicos, egressos, funcionários e professores do Grupo UNIASSELVI) e R$ 100,00 para público externo.
Realização do Curso: 8, 15, 22 e 29/05 e 5/06/2012 (terça-feira)
Horário: Das 19h às 22h
Local: Campus II - Rua Engenheiro Udo Deeke, 521 Salto do Norte - Blumenau.

Período de Inscrição: 2/04 à 4/05/2012
Local: Tesouraria dos dois campi do Grupo UNIASSELVI/FAMEBLU.

Informações: Coordenadoria de Extensão da FAMEBLU -             (47) 3321-9058       - das 13h às 22h
ass.extensao.fameblu@uniasselvi.com.br


Estou a disposição para mais informações.

Atenciosamente

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Vaga para nutricionista em Itajaí



Nutricionista - Analista Administrativo
Empresa:
BRASIL FOODS - BRF
Nível hierárquico
Especialista | Analista | Assistente | Auxiliar
Área
Administrativa
Descrição da oportunidade
Atividades principais:
• Gestão dos pedidos de proteínas;
• Auxílio no desenvolvimento de ferramentas de gestão (indicadores, planilhas de controles);
• Análise dos desvios de processo em conjunto com as unidades;
• Elaboração de projetos para atendimento às não conformidades encontradas e melhorias visualizadas;
• Auxílio na gestão das informações do processo (IC, IV, 3Gs e Plano de Ação);
• Suporte na gestão do processo (Check de Processo, Check de Manuridade, Reuniões e Treinamentos) junto as unidades;
• Planejar e coordenar progamas de nutrição na empresa;
• Atuar em gestão de cestas básicas;
• Auditorias de processos.
Tipo de Oportunidade
vaga
Formação mínima
Superior Completo
Competências e habilidades desejadas
Imprescindível ter disponibilidade para viagens
Qualificações e conhecimentos desejados
• Formação superior completa em Nutrição; • CRN ativo; • Desejável ter conhecimento em GMP / BPF e PPHO e demais ferramentas da qualidade; Administração de restaurantes industriais; • Conhecimento em Pacote Office.
Local de trabalho/Estado
Itajaí SC-SC
Benefícios Vaga
- Assistência médica e odontológica - Vale transporte - Vale restaurante - PLR - Previdência privada - Cooperativa de crédito


http://www.elancers.net/vagas/e_mostra_vaga.asp?id=996413

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Castanha-do-brasil melhora perfil antioxidante em mulheres com obesidade


Castanha-do-brasil melhora perfil antioxidante em mulheres com obesidade

Data:            09/03/2012
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Camila G. Marques


Pesquisadores da Universidade de São Paulo publicaram na revista científica Nutrition um estudo que avaliou a associação entre o polimorfismo na glutationa peroxidase-1 (GPx1), uma enzima antioxidante, os níveis de selênio (Se) e danos ao DNA em mulheres com obesidade após o consumo de castanhas-do-brasil (também conhecida como castanha-do-pará). O resultado foi de que houve aumento nos níveis de SE e da atividade da GPx1 com a ingestão desta castanha nesta população.

Trata-se de um estudo randomizado que avaliou 37 mulheres com obesidade mórbida. As participantes consumiram uma castanha-do-brasil por dia, fornecendo aproximadamente 290 mcg de selênio/dia, durante oito semanas. A recomendação diária para este micronutriente, segundo a Dietary Reference Intake (DRI), é de 55 mcg/dia.

Os pesquisadores verificaram no início do estudo e ao final das oito semanas as concentrações de Se no sangue, atividade da enzima GPx1 e os níveis de danos ao DNA. Em seguida, os resultados foram comparados em relação à presença de polimorfismo de nucleotídeo único (SNP) no gene para GPx1. Os SNPs em genes que codificam para enzimas antioxidantes, tais como GPx1 têm sido implicados na propensão para o câncer e outras doenças. Dentre os SNPs no gene para GPX1, destaca-se o PRO198LEU (ou Pro/Leu) que é resultante da substituição de citosina por timina, sendo o genótipo “normal” o PRO198PRO (ou Pro/Pro).

No início do estudo, todas as pacientes estavam deficientes em Se, e após a ingestão da castanha-do-brasil houve melhora significativa nos níveis sanguíneos de Se (p<0,001) e na atividade da GPx (p=0,001). Além disso, as participantes que apresentaram genótipo Pro/Pro tiveram diminuição nos danos do DNA após o consumo da castanha-do-brasil (p<0,005). No entanto, houve maior dano ao DNA nas participantes com o genótipo Leu/Leu em comparação com aquelas com o genótipo Pro/Pro (p<0,05).

“Este estudo é o primeiro a analisar as possíveis associações entre níveis de selênio, atividade da GPx, e os níveis de danos no DNA e polimorfismo no gene para GPx1 após o consumo de castanha-do-brasil. Mostramos que o consumo diário de apenas uma unidade desta castanha é eficaz em melhorar os níveis de Se e a atividade da enzima GPx em mulheres obesas”, comentam os autores.

“Semelhante a outros estudos no campo nutrigenômica, esses resultados não podem ser generalizados para outras populações, devido às diferenças raciais, étnicas e relacionadas ao estilo de vida. Certamente, estudos incluindo populações maiores são necessários para confirmar nossos resultados”, concluem.


Referência(s)

Cominetti C, de Bortoli MC, Purgatto E, Ong TP, Moreno FS, Garrido AB Jr, Cozzolino SM. Associations between glutathione peroxidase-1 Pro198Leu polymorphism, selenium status, and DNA damage levels in obese women after consumption of Brazil nuts. Nutrition. 2011;27(9):891-6.

Vamos calcular a quantidade de sódio dos alimentos?

http://nutricao.saude.gov.br/calculo_sodio.php


Você sabe a quantidade de sal consumida diariamente?

O consumo elevado de sódio, além de causar hipertensão, é responsável pelo aumento das doenças circulatórias e cardíacas, bem como alguns tipos de cânceres como o câncer de estômago.

As diretrizes brasileiras de consumo de sal recomendam a ingestão diária máxima de 5 g de sal como forma de alcançar uma alimentação saudável e promover a saude.

Uma boa parte do sal consumido diariamente vem do consumo de alimentos processados. Por isso, é importante conhecer a quantidade de sal presente nestes alimentos.

Evite adicionar muito sal na hora de cozinhar os alimentos e tire o saleiro da mesa. Lembre que 1 kg de sal iodado é suficiente para suprir uma família de 4 pessoas durante 50 dias.


O consumo de soja pode aumentar a reincidência do câncer de mama?


O consumo de soja pode aumentar a reincidência do câncer de mama?

Não há evidência clínica para sugerir que o consumo de soja e isoflavonas dietéticas aumentem o risco de reincidência de câncer de mama. No passado, a relação entre soja e reincidência de câncer de mama tornou-se polêmica devido às preocupações baseadas em estudos in vitro e em ratos, em que as isoflavonas, por possuir atividade estrogênica, poderiam estimular o crescimento de tumores de mama causados pelo excesso de estrógeno. No entanto, até o momento, nenhum estudo clínico comprovou essa hipótese.

Um dos estudos mais importantes sobre o assunto foi publicado em 2009, na revista JAMA (Journal of the American Medical Association). O estudo avaliou 5042 mulheres com câncer de mama durante 3,9 anos e concluiu que a ingestão de soja e seus derivados estiveram inversamente associadas com a mortalidade e reincidência. A associação inversa foi evidente entre as mulheres tanto com câncer de mama receptor de estrógeno positivo quanto negativo. Este estudo sugere que a ingestão alimentar moderada de soja é segura e potencialmente benéfica para mulheres com câncer de mama.

Outro estudo publicado por Kang et al., em 2010, acompanhou 524 mulheres com câncer de mama, por mais de cinco anos e concluiu que a alta ingestão alimentar de isoflavonas da soja foi associada com menor risco de reincidência em pacientes na pós-menopausa com câncer de mama positivo para receptores de estrógeno e progesterona em hormonioterapia.

Uma pesquisa publicada em 2011 acompanhou durante 7,3 anos 3088 sobreviventes de câncer de mama, diagnosticadas entre 1991 e 2000.  Os autores também concluíram que as mulheres que consumiram soja e seus derivados apresentaram redução do risco de morte.

Estes estudos, em conjunto, que variam em composição étnica (realizados nos Estados Unidos e na China), nível e tipo de consumo de soja, fornecem a evidência epidemiológica necessária para que não haja restrição do consumo de soja para as mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Ressalta-se, no entanto, que ainda não existem estudos clínicos que avaliaram especificamente a suplementação de fitoestrógenos na redução do risco de reincidência do câncer de mama.

Referência (s)

Duffy C, Perez K, Partridge A. Implications of phytoestrogen intake for breast cancer. CA Cancer J Clin. 2007;57(5):260-77.

Shu XO, Zheng Y, Cai H, Gu K, Chen Z, Zheng W, Lu W. Soy food intake and breast cancer survival. JAMA. 2009;302(22):2437-43.

Kang X, Zhang Q, Wang S, Huang X, Jin S. Effect of soy isoflavones on breast cancer recurrence and death for patients receiving adjuvant endocrine therapy. CMAJ. 2010;182(17):1857-62.

Caan BJ, Natarajan L, Parker B, Gold EB, Thomson C, Newman V, et al. Soy Food Consumption and Breast Cancer Prognosis. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 2011;20(5):854–8.

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Imunonutrição no Pré-Operatório de Cirurgia Digestiva: Precisamos de mais evidências?



Imunonutrição no Pré-Operatório de Cirurgia Digestiva: Precisamos de mais evidências?
 
Em cirurgia eletiva, a preocupação com o estado nutricional e a intervenção nutricional adequados é capaz de modificar favoravelmente o tratamento no pré-operatório para a obtenção de uma boa evolução no pós-operatório. Uma das estratégias utilizadas é o uso de dieta imunomoduladora, que pode contribuir para a melhora do tratamento de doentes cirúrgicos, que apresentam processos imunológicos, metabólicos e inflamatórios prejudicados pela resposta inflamatória pós-trauma (1,2).

Uma vez identificado o risco e o grau de comprometimento do estado nutricional no período pré-operatório deve ser instituído um planejamento de terapia nutricional. Em pacientes desnutridos candidatos a cirurgias eletivas de grande porte, que apresentam a via digestiva totalmente funcionante, é recomendada a suplementação oral dos nutrientes imunomoduladores, como arginina, ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, nucleotídeos e antioxidantes. A quantidade calórica sugerida a ser usada é de 500 a 1000 kcal/dia no período pré-operatório com o intuito de atenuar a resposta inflamatória sistêmica, modular a resposta imune e reduzir as complicações no pós-operatório (2).

No estudo de Gunerhan publicado em 2009, pacientes com câncer gastrintestinal e baixos níveis séricos de pré-albumina, um marcador de desnutrição, foram randomizados e divididos para receberem dieta oral imunomoduladora por sete dias no pré-operatório, dieta enteral padrão ou dieta oral sem suplementação. Os resultados mostraram a melhora dos níveis séricos da pré-albumina somente no grupo que recebeu imunonutrição, no entanto, não houve alteração na incidência de complicações e tempo de internação (3).

A Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabólica (Espen) recomenda que pacientes cirúrgicos com câncer gastrintestinal alto, mesmo sem desnutrição associada, devem ter a cirurgia adiada para a realização de terapia nutricional padrão ou oferta de dieta imunomoduladora por cinco a sete dias no período pré-operatório com o intuito de melhorar a condição nutricional, atenuar a resposta inflamatória sistêmica e reduzir complicações no pós-operatório (4).

Okamoto e colaboradores em 2009, investigaram o efeito da suplementação oral imunomoduladora por sete dias no pré-operatório de pacientes com câncer gástrico. Nestes doentes houve a diminuição da duração da SIRS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica) e incidência de complicações infecciosas no pós-operatório. Estes benefícios foram associados à melhora da imunidade celular e manutenção dos níveis de linfócitos CD4+ encontradas no grupo suplementado (5).

Recentemente em 2011, Shirakawa e equipe mostraram que pacientes suplementados com imunonutrição por cinco dias que antecederam a cirurgia duodenopancreatectomia apresentaram diminuição de infecção de ferida operatória e da resposta ao estresse cirúrgico (5).

Metanálise publicada por Waitzberg em 2006, mostrou que pacientes com câncer candidatos a cirurgia eletiva gastrintestinal que receberam 500 a 1000 ml de dieta imunomoduladora por cinco a sete dias no pré e mantida no pós-operatório reduziu a ocorrência de abscesso abdominal, deiscência de anastomose e de complicações respiratórias, independente de desnutrição associada (1). Recentemente, estes resultados foram reforçados na metanálise
publicada por Cerantola e seus colegas, que com mesmo desenho metodológico em 21 ensaios clínicos, mostrou a redução de complicações pós-operatórias, infecções e do tempo de internação (6).

Em contrapartida, é sabido que em situações específicas a imunonutrição não deve ser administrada, como por exemplo, no pós-operatório de pacientes nutridos sem risco de complicações (7,8). Em revisão sistemática pacientes cirúrgicos com sepse, que receberam fórmula com arginina, apresentaram resultado desfavorável com aumento na taxa de mortalidade quando comparado ao uso de fórmula padrão. Devido ao risco potencial associado ao uso de dietas suplementadas com arginina em pacientes com sepse, o uso de imunonutrição no pré-operatório não é recomendado nesses pacientes, segundo as diretrizes Canadenses, de 2009 (9).

Até o presente momento, podemos concluir que o uso de dieta imunomoduladora, principalmente no período pré-operatório, pode ser capaz de reduzir incidências de complicações infecciosas, feridas pós-operatórias e tempo de internação. No entanto, a imunonutrição é um universo que ainda deve ser explorado, pois permanece sem respostas importantes para populações específicas de doentes.

Priscila Garla
Nutricionista. Mestranda do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Terapia Intensiva Multidisciplinar do Adulto pela Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

Referências bibliográficas:
1. Waitzberg DL, Saito H, Plank LD, Jamieson GG, Jagannath P, Hwang TL, et al. Postsurgical infections are reduced with specialized nutrition support. World J Surg, 2006;30(8):1592-604.

2. Braga M, Gianotti L, Vignali A, Schmid A, Nespoli L, Di Carlo V. Hospital resources consumed for surgical morbidity: effects of preoperative arginine and omega-3 fatty acid supplementation on costs. Nutrition. 2005; 21(11-12):1078-86.
3. Gunerhan Y, Koksal N, Sahin UY, Uzun MA, Ekşioglu-Demiralp E. Effect of preoperative immunonutrition and other nutrition models on cellular immune parameters. World J Gastroenterol, 2009; 15(4):467-72.

4. Weimann A, Braga M, Harsanyi L, Laviano A, Ljungqvist O, et al. ESPEN Guidelines Enteral Nutrition: Surgery including organ trasnplantation. Clin Nutr, 2006; 25: 224-44.

5. Okamoto Y, Okano k, ET AL. Attenuation of the Systemic Inflammatory Response and Infectious Complications After Gastrectomy with Preoperative Oral Arginine and x-3 Fatty Acids Supplemented Immunonutrition. World J Surg, 2009; 33:1815–1821.

6. Cerantola Y, Grass F, Cristaudi A. Perioperative Nutrition in Abdominal Surgery: Recommendations and Reality. Gastroenterology Research and Practice, 2011.

7. Heyland DK, Drover J. Does immunonutrition make an impact? It depends on the analysis. Crit Care Med. 2000;28(3):906-7.

8. Braga M, Gianotti L, Gentilini O, Liotta S, Di Carlo V. Feeding the gut early after digestive surgery: results of a nine-year experience. Clin Nutr, 2002; 21(1):59-65.

9. Mudge L, Isenring E, Jamieson GG. Immunonutrition in patients undergoing esophageal cancer resection Diseases of the Esophagus, 2011; 24: 160-165.

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Iogurte contendo probióticos melhora estado antioxidante em diabéticos tipo 2




Iogurte contendo probióticos melhora estado antioxidante em diabéticos tipo 2

Data:            15/03/2012
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Rita C. B. Castro

Pesquisadores publicaram na revista científica Nutrition um estudo que demonstra que o consumo de iogurte probiótico melhora a glicemia de jejum e a função antioxidante em pacientes diabéticos tipo 2.

Os autores realizaram um estudo controlado, duplo-cego e randomizado. Foram avaliados 64 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), com idade de 30 a 60 anos, sendo divididos em dois grupos:

Grupo de intervenção: pacientes consumiram 300 g/dia, durante seis semanas, iogurte acrescido de duas bactérias probióticas (Lactobacillus acidophilus LA5 e Bifidobacterium lactis Bb12);

Grupo controle: pacientes consumiram 300 g/dia de iogurte convencional durante seis semanas.

Os pesquisadores avaliaram no início e no final do estudo, exames bioquímicos, recordatório alimentar de 24 horas e medidas antropométricas. Eles verificaram que a ingestão do iogurte probiótico diminuiu significativamente a glicemia de jejum (p<0,01) e hemoglobina glicosilada (A1c, p<0,05). Além disso, observaram que houve aumento da atividade das enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase eritrocitária (p<0,05) e glutationa peroxidase (p<0,05), bem como o aumento da capacidade antioxidante total (p<0,05), em comparação com o grupo controle.

“Os mecanismos precisos envolvidos nos efeitos antidiabéticos dos probióticos ainda são desconhecidos. Estes efeitos podem estar relacionados com uma diminuição do estresse oxidativo pelos probióticos. Além disso, os efeitos imunomoduladores e anti-inflamatórios dos probióticos e sua capacidade de modular a microbiota intestinal são considerados outros possíveis mecanismos”, comentam os autores.

“Este estudo demonstrou que o consumo de iogurte probiótico contendo L. acidophilus LA5 e B.lactis Bb12 melhorou a capacidade antioxidante e glicemia de jejum em pacientes com DM2. Estes achados sugerem que o iogurte probiótico é um alimento funcional que pode exercer função antidiabética e propriedades antioxidantes”, concluem.


Referência(s)

Ejtahed HS, Mohtadi-Nia J, Homayouni-Rad A, Niafar M, Asghari-Jafarabadi M, Mofid V. Probiotic yogurt improves antioxidant status in type 2 diabetic patients. Nutrition. 2011 Nov 28. [Epub ahead of print]

http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=543

Catálogo brasileiro de hortaliças


Conheça o catálogo brasileiro de hortaliças elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Neste catálogo são listadas as 50 hortaliças mais comercializadas no Brasil e os aspectos climáticos e características do cultivo para que as hortaliças tenham bom desenvolvimento.



http://www.nutritotal.com.br/publicacoes/files/1379--Catalogo_hortalicas.pdf

Quais são os micronutrientes que devem ser monitorados no pré-operatório de cirurgia bariátrica?




Quais são os micronutrientes que devem ser monitorados no pré-operatório de cirurgia bariátrica?

Estudos demonstram que a deficiência de micronutrientes é comum em indivíduos obesos, podendo ser encontrados baixos níveis em quase todas as vitaminas e oligoelementos.

Uma pesquisa publicada por Toh e colaboradores em 2009 avaliou as deficiências de micronutrientes em 232 pacientes antes de serem submetidos à cirurgia bariátrica e foi observado que a deficiência de vitamina D, determinada pelos níveis séricos de 25-OH-vitamina D, esteve presente em 57% dos indivíduos.

Outros estudos relataram que as deficiências de ferro, ácido fólico, vitamina B12, zinco e selênio também são comuns. No entanto, existe uma grande variabilidade nas incidências relatadas: deficiência de ferro foi observada em 6 a 16% dos pacientes e deficiência de vitamina B12 encontrada em 3 a 18% nestes pacientes.

Embora sejam observadas variações entre os estudos na incidência de deficiência de micronutrientes, pesquisadores sugerem que o estado nutricional de micronutrientes deve ser determinado rotineiramente antes da cirurgia bariátrica. Essa preocupação ocorre devido a importância de alguns micronutrientes para o processo de cicatrização pós-operatória, principalmente zinco, selênio e vitamina C. No entanto, poucos estudos compararam os níveis de micronutrientes antes e depois da cirurgia, pois a maioria dos estudos têm como foco as deficiências ocorridas no pós-operatório.
As recomendações para testes de laboratório pré-operatório são demostradas na tabela abaixo:




Portanto, a suplementação nutricional muitas vezes é necessária para corrigir as deficiências de micronutrientes tanto no pré quanto no pós-operatório de cirurgia bariátrica.


Bibliografia (s)

Toh SY, Zarshenas N, Jorgensen J. Prevalence of nutrient deficiencies in bariatric patients. Nutrition. 2009;25(11-12):1150-6.

Valentino D, Sriram K, Shankar P. Update on micronutrients in bariatric surgery. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2011;14(6):635-41.

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Ácido fólico e vitamina B12 previnem declínio cognitivo em idosos



Ácido fólico e vitamina B12 previnem declínio cognitivo em idosos

Data:            23/03/2012
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Rita C. B. Castro



Pesquisadores australianos publicaram na revista The American Journal of Clinical Nutrition um estudo demonstrando que a suplementação de ácido fólico (AF) com 400 mcg/dia associada com 100 mcg de vitamina B12/dia promove a melhoria no funcionamento cognitivo após 24 meses, particularmente no desempenho da memória imediata e tardia em idosos com sintomas depressivos.

O objetivo desse estudo foi determinar se suplementação oral de AF com vitamina B12 seria capaz de impedir o declínio cognitivo de idosos com sofrimento psíquico elevado. Para isso, os pesquisadores realizaram um ensaio clínico controlado e randomizado com 900 idosos (60 a 74 anos).

A suplementação foi realizada em duas doses diárias por via oral (200 mcg AF + 50 mcg de vitamina B12 por cápsula). A adesão foi monitorada por telefone e exames sanguíneos no início do estudo, após 12 e 24 meses. Os principais desfechos analisados foram às mudanças no funcionamento cognitivo em 12 e 24 meses, por meio de testes e aplicação de questionários validados para esta finalidade.

Um dos testes aplicados foi a Entrevista Telefônica para Avaliação do Estado Cognitivo - versão modificada (TICS-M), que tem uma pontuação máxima total de 39 e é composto por 4 domínios: 1) orientação; 2) registro, memória recente e memória tardia; 3) atenção/cálculo e 4) memória semântica, compreensão e repetição. O grupo que recebeu a suplementação (FA + vitamina B12) melhorou a pontuação do TICS-M total (p=0,032), além de melhorar a TICS-M para memória imediata (p=0,046) e tardia (p=0,013), após os 24 meses em comparação com placebo.

“Os nossos resultados sugerem que a combinação, em longo prazo, de ácido fólico e vitamina B12 pode ser uma estratégia viável para reduzir o risco de declínio cognitivo em idosos. Essa intervenção não é de alto custo e pode ter efeito considerável em nível de saúde pública”, destacam os autores.

“A perspectiva do uso dessa suplementação parece ser promissora, sendo que mais estudos são necessários para determinar se os benefícios da suplementação encontrada neste estudo podem ser replicados em outras populações de idosos com maior risco de desenvolver disfunção cognitiva significativa” concluem.




Referência(s)

Walker JG, Batterham PJ, Mackinnon AJ, Jorm AF, Hickie I, Fenech M, et al. Oral folic acid and vitamin B-12 supplementation to prevent cognitive decline in community-dwelling older adults with depressive symptoms--the Beyond Ageing Project: a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2012;95(1):194-203.

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terça-feira, 3 de abril de 2012

Lasanha Vegetariana

Lasanha Vegetariana


Ingredientes

- 1 pacote de lasanha pré-cozida
- 1 ½ cenoura ralada
- ½ maço de acelga cortada em tiras
- 1 cabeça de couve-flor
- 1 cebola ¼ pimentão vermelho
- 400 ml de molho branco
- parmesão ralado a gosto


Modo de Preparo

Refogue todos os legumes. Num pirex untar com molho branco. Coloque a massa de lasanha. Depois coloque o molho branco, depois os legumes refogados, mas uma camada de massa. E segue essas camadas. Feche com massa de lasanha e coloque molho branco. Salpique o parmesão ralado em cima e asse no forno até gratinar o molho. Sirva a seguir.

http://cyberdiet.terra.com.br/lasanha-vegetariana-8-2-7-744.html

Hambúrguer de aveia

Hambúrguer de aveia



500 g de carne moída
1 gema
1 xícara (chá) de aveia em flocos
2 dentes de alho picados
1 colher (chá) de molho inglês
sal e pimenta-do-reino a gosto
1 colher (sopa) de azeite de oliva



1. Preaqueça o
forno a 180ºC (temperatura média).

2. Numa tigela, misture todos os ingredientes com as
mãos, exceto o azeite. Divida a massa em 6 partes.

3. Com as mãos, faça uma bola com cada parte e aperte
cada uma para formar hambúrgueres bem redondos.

4. Coloque metade do azeite de oliva numa frigideira
antiaderente e leve ao fogo médio. Quando estiver
quente, coloque 3 hambúrgueres para dourar por 2
minutos de cada lado. Transfira para uma assadeira e
leve ao forno apenas para não esfriar enquanto doura os
hambúrgueres restantes com a outra metade do azeite.

http://cybercook.terra.com.br/hamburguer-de-aveia-na-comunidade.html?codigo=LR%7C45%7C2565200%7C95384