terça-feira, 16 de outubro de 2012

Avaliação de risco crônico da ingestão de resíduos de pesticidas na dieta brasileira


Resumo
Objetivo
Avaliar o risco crônico da ingestão de pesticidas pela dieta, em compostos
registrados no Brasil para uso agrícola até 1999.
Métodos
Foi calculada a Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT) para cada pesticida,
utilizando limites máximos de resíduos estabelecidos pela legislação brasileira e
dados de consumo alimentar. A caracterização do risco foi feita comparando-se a
IDMT com as doses diárias aceitáveis (IDA) de vários países e do Codex
Alimentarius.
Resultados
A IDTM ultrapassou a IDA (%IDA>100) em pelo menos uma região metropolitana
brasileira para 23 pesticidas. Dezesseis compostos com maior %IDA são inseticidas
organofosforados, sendo o paration metílico o composto cuja ingestão mais excedeu
o parâmetro toxicológico (%IDAN
=9.300). O arroz, o feijão, as frutas cítricas e o
tomate foram os alimentos que mais contribuíram para a ingestão. Dos compostos
que apresentaram maior risco, apenas 6 foram registrados de acordo com o Decreto
98.816/90, que dispõe sobre o uso de pesticidas no País.
Conclusões
Os compostos identificados como sendo de potencial risco de exposição crônica
para a população brasileira, e os alimentos que mais contribuíram para a sua
ingestão, devem ser priorizados pelos  órgãos de saúde em programas de
monitoramento de resíduos de pesticidas. Adicionalmente, dados sobre resíduos
em alimentos prontos para o consumo, fatores de processamento e dados sobre
consumo alimentar devem ser gerados para possibilitar o refinamento do estudo.


Artigo completo: http://www.maeterra.com.br/site/biblioteca/Pesticidas-na-Dieta-Brasileira-OK.pdf

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