sábado, 29 de setembro de 2012

Cartilha manual de boas práticas

http://www.nutritotal.com.br/publicacoes/files/1435--manual_de_boas_praticas.pdf

UM DOCE VENENO PARA O CÉREBRO


* Texto elaborado pelo departamento científico da VP Consultoria Nutricional
Alimentos de origem vegetal, em especial as frutas, contêm naturalmente açúcares, substâncias que conferem o agradável sabor doce. As fibras, também presentes nestes alimentos, controlam a velocidade de absorção dos açúcares, neutralizando seus malefícios à saúde. Todavia, o consumo exagerado destas substâncias purificadas por processos industriais está estreitamente relacionado com o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. A informação de que a elevada ingestão de açúcar refinado e doces pode causar obesidade e diabetes mellitus tipo 2 não é nova para a maior parte da população; porém, os riscos oferecidos por este doce vilão são ainda maiores.  A revista Saúde, em sua edição de Agosto de 2012, publicou a reportagem “Açúcar demais azeda a cabeça”, que aborda a relação entre o consumo de açúcar e danos às células do sistema nervoso central.
A ingestão de alimentos de alto índice glicêmico, como o açúcar e os doces, provoca grande e rápida elevação dos níveis séricos de glicose, o que induz, nas células nervosas, aumento da formação de radicais livres (compostos capazes de reagir com estruturas celulares, danificando-as). O excesso desses radicais é um sinal para que a célula entre em processo de morte programada (apoptose), ou seja: o consumo excessivo de açúcares pode levar à destruição de neurônios, reduzindo a capacidade funcional do sistema nervoso central.
Em resposta à ingestão de carboidratos, o pâncreas libera insulina, hormônio responsável pelo transporte da glicose do sangue para as células. Este hormônio possui atividade regulatória sobre as células do sistema nervoso central, favorecendo a reparação e formação das estruturas celulares essenciais aos neurônios. Acontece que o consumo excessivo de doces por um longo período de tempo pode ocasionar em aumento da massa adiposa visceral, que por sua vez, produz grandes quantidades de substâncias inflamatórias, levando a um estado de resistência à insulina, em que as células perdem a capacidade de responder a este hormônio. Sendo assim, a insulina deixa de exercer a função benéfica sobre o sistema nervoso central, prejudicando seu funcionamento.
O aparecimento e piora dos sintomas de doenças neurológicas também são induzidos pelo consumo de açúcares e doces. Crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade podem apresentar melhora com a redução do consumo de alimentos de alto índice glicêmico. Também há evidências de que o índice glicêmico da dieta é inversamente proporcional ao aparecimento das doenças de Parkinson e Alzheimer. A variação glicêmica gerada pela ingestão de açúcares e doces pode também levar a variação de humor e depressão.
Açúcares em altas concentrações e não associados a fibras não são comuns na natureza. Por isso, não houve tempo hábil desde sua introdução aos hábitos alimentares humanos para que a evolução adaptasse o homem ao seu consumo. Estas substâncias provocam inúmeros malefícios à saúde, podendo, inclusive, afetar o funcionamento do sistema nervoso central, prejudicando a cognição e causando doenças. As frutas possuem naturalmente o sabor doce, além de conterem substâncias benéficas à saúde, podendo, assim, substituir os tão maléficos doces açucarados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. RUSSELL, J.W.; GOLOVOY, D.; VINCENT, A.M.; et al. High glucose-induced oxidative stress and mitochondrial dysfunction in neurons. FASEB J; 16(13):1738-48, 2002.
2. MCCRIMMON, R.J.; RYAN, C.M.; FRIER, B.M. Diabetes and cognitive dysfunction. Lancet; 379(9833):2291-9, 2012.
3. HÖLSCHER, C. Potential Role of Glucagon-Like Peptide-1 (GLP-1) in Neuroprotection. CNS Drugs; 26(10):871-82, 2012.
4. KONIKOWSKA, K.; REGULSKA-ILOW, B.; RÓZAŃSKA, D. The influence of components of diet on the symptoms of ADHD in children. Rocz Panstw Zakl Hig; 63(2):127-34, 2012.
5. MURAKAMI, K.; MIYAKE, Y.; SASAKI, S.; et al., Dietary glycemic index is inversely associated with the risk of Parkinson’s disease: a case-control study in Japan. Nutrition; 26(5):515-21, 2010.
6. PENCKOFER, S.; QUINN, L.; BYRN, M.; et al. Does glycemic variability impact mood and quality of life? Diabetes Technol Ther; 14(4):303-10, 2012.
7. SOLFRIZZI, V.; PANZA, F.; FRISARDI, V.; et al. Diet and Alzheimer’s disease risk factors or prevention: the current evidence. Expert Rev Neurother; 11(5):677-708, 2011.


http://www.vponline.com.br/blog/home.php/

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TEIA DA SAÚDE


Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular


Resumo
Na maioria dos mamíferos a atividade da enzima lactase diminui na parede intestinal após o desmame,
caracterizando a hipolactasia primária que provoca sintomas de intolerância à lactose. A intensidade
dos sintomas de distensão, flatulência, dor abdominal e diarreia variam, dependendo da quantidade
de lactose ingerida, e aumentam com o passar da idade. A hipolactasia é determinada geneticamente,
porém uma mutação ocorreu para que fizesse parte da humanidade tolerar o leite na idade adulta.
O diagnóstico é feito por teste de tolerância, empregando a lactose como desafio. Com a descoberta
dos finlandeses do polimorfismo associado com a persistência da lactase, principalmente no norte da
Europa, o exame genético passou a ser outra ferramenta diagnóstica mais confortável para o intolerante.
No Brasil, 43% dos brancos e dos mulatos têm alelo de persistência da lactase, sendo a hipolactasia
mais frequente entre os negros e japoneses. Entretanto, na prática clínica indivíduos com hipolactasia
podem ser orientados a consumir alguns derivados do leite e alimentos contendo lactose sem apresentar sintomas de intolerância, enquanto que outros terão que fazer restrição de lactose na dieta.

http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n2/a25v56n2.pdf

Artigo Interação fármaco-nutriente: uma revisão


A dieta influencia todos os estágios do ciclo da vida, fornecendo nutrientes necessários ao sustento do corpo
humano. Alterações de ordem funcional e/ou estrutural, provocadas por doenças e infecções agudas ou
crônicas, levam à utilização de medicamentos, cujo objetivo é restaurar a saúde. A via preferencial escolhida
para a sua administração é a oral, entre outras razões, por sua comodidade e segurança. O fenômeno de
interação fármaco-nutriente pode surgir antes ou durante a absorção gastrintestinal, durante a distribuição e
armazenamento nos tecidos, no processo de biotransformação ou mesmo durante a excreção. Assim, é de
importância fundamental conhecer os fármacos cuja velocidade de absorção e/ou quantidade absorvida
podem ser afetadas na presença de alimentos, bem como aqueles que não são afetados. Por outro lado,
muitos deles, incluindo antibióticos, antiácidos e laxativos podem causar má absorção de nutrientes.
Portanto, o objetivo do presente artigo é apresentar uma revisão dos diversos aspectos envolvidos na
interação fármaco-nutriente.


http://www.scielo.br/pdf/rn/v15n2/11839.pdf

SAÚDE GASTROINTESTINAL PRINCÍPIO DA NCF


Teia de inter relações metabólicas da nutrição funcional


SOPA DE INHAME


SOPA DE ABÓBORA


Ingredientes:
500g de abóbora madura + 100g de batatas + 200g de músculo bovino em cubos + sal, salsa e cebolinha a gosto + 5 dentes de alho e um fio de azeite.

Modo de preparo:
Refogar o músculo bovino com alho e azeite acrescente a abobora e as batatas já picas e coloque água na panela de pressão até cobrir os legumes. Cozinhe por 30 min. Após deixe esfriar um pouco e bata no liquidificador a sopa, finalize com salsa, cebolinha e azeite.
Nutricionista Luciana Marques

SUCO DE COUVE



Ingredientes:
3 laranjas + 1 folha de couve

Modo de preparo:
Higienize todos os ingredientes, passe na centrífuga e está pronto para beber.

Nutricionista Luciana Marques

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Parecer CRN-3: Prescrição de Probióticos

Parecer sobre a prescrição de probióticos, no qual foi construído com base em um encontro com especialistas e divulga os pontos acordados que devem subsidiar a prescrição dietética do nutricionista. O parecer aborda sobre a quantidade mínima viável de probióticos e os tipos reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, bem como outros aspectos a respeito do tema.

http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/262--PARECER_CRN.pdf

Propriedades Nutricionais do grão de bico




O grão-de-bico (Cicer arietinum L.) é uma leguminosa fonte de proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas e fibras, além de conter diversos compostos bioativos
. Ela se destaca por ter melhor digestibilidade do que outras leguminosas, como o feijão, ervilha, soja e lentilha, além de apresentar baixo teor de fatores antinutricionais e melhor disponibilidade de ferro. Seu percentual de digestibilidade varia de 64 a 79%, dependendo da origem do grão-de-bico.

Embora presentes em poucas quantidades, os fatores antinutricionais são facilmente reduzidos ou eliminados por técnicas de cozimento. Os fatores promotores da flatulência que, apesar de estarem presentes em maiores quantidades no grão-de-bico, em decorrência dos teores de oligossacarídeos, também são inativados pelo aquecimento.

O grão-de-bico apresenta quantidades significativas de todos os aminoácidos essenciais, exceto os aminoácidos com enxofre (como a metionina), que podem ser complementados por adição de cereais na alimentação.

O amido é o principal carboidrato presente no grão-de-bico, apresentando teores de amilose que variam entre 27 a 47%. O grão-de-bico também se destaca pelas fibras, apresentando teor total de 18-22g de fibras/100g do alimento, sendo de 4- 8g/100g de fibras solúveis e 10-18g/100g de fibras insolúveis.

Embora os lipídios estejam presentes em poucas quantidades, o grão-de-bico possui teores nutricionalmente importantes de ácidos graxos insaturados, como o ácido oleico (32,6%) e linoleico (51,2%).

O grão-de-bico é uma fonte importante de minerais, principalmente cálcio, magnésio, fósforo e potássio, bem como de vitaminas, como a riboflavina, niacina, tiamina, folato e precursores de vitamina A (betacaroteno).

Estudos têm demonstrado que o consumo de grão-de-bico está relacionado com benefícios fisiológicos que podem reduzir o risco de doenças crônicas e beneficiar a saúde dos indivíduos. Esses efeitos benéficos são principalmente atribuídos ao seu conteúdo de fibras, compostos bioativos (principalmente fitoesteróis) e por apresentar baixo índice glicêmico (IG).

Neste sentido, o grão-de-bico pode ser útil para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Isso porque os fitoesteróis, juntamente com outros fatores presentes no grão-de-bico, contribuem para a redução do LDL-c (lipoproteína de baixa densidade) no sangue, por inibição da absorção intestinal de colesterol.
Estudos também demonstram benefícios do consumo de grão-de-bico na redução da obesidade. Em ratos, observou-se melhor controle do peso corporal e na composição do tecido adiposo. Em humanos, o consumo de grão-de-bico esteve associado com redução de massa gorda em indivíduos obesos.

Os pesquisadores sugerem que a melhoria do metabolismo de gordura pode ser útil na correção de distúrbios relacionados com a obesidade. Outro estudo em humanos relatou que a inserção de grão-de-bico na dieta resultou em aumento da saciedade e plenitude. Neste estudo, 42 participantes consumiram uma dieta contendo em média 104g de grão-de-bico por dia, durante 12 semanas.

Embora o grão-de-bico apresente potenciais benefícios para a saúde, o seu consumo ainda é muito limitado no Brasil, quando comparado a outras leguminosas como o feijão. O grão-de-bico é uma leguminosa que tem,nutricionalmente grande potencial a ser explorado, a fim de minimizar as deficiências proteicas e minerais da população.  Mais pesquisas, portanto, devem ser conduzidas para fornecer evidências convincentes sobre os benefícios do consumo de grão-de-bico para a saúde.




Bibliografia (s)

Jukanti AK, Gaur PM, Gowda CL, Chibbar RN. Nutritional quality and health benefits of chickpea (Cicer arietinum L.): a review. Br J Nutr. 2012;108 Suppl 1:S11-26.

Ferreira ACP, Brazaca SGC, Valter A. Alterações químicas e nutricionais do grão-de-bico (Cicer arietinum L.) cru irradiado e submetido à cocção. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2006;26(1):80-88.
http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=687&categoria=1