quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular


Resumo
Na maioria dos mamíferos a atividade da enzima lactase diminui na parede intestinal após o desmame,
caracterizando a hipolactasia primária que provoca sintomas de intolerância à lactose. A intensidade
dos sintomas de distensão, flatulência, dor abdominal e diarreia variam, dependendo da quantidade
de lactose ingerida, e aumentam com o passar da idade. A hipolactasia é determinada geneticamente,
porém uma mutação ocorreu para que fizesse parte da humanidade tolerar o leite na idade adulta.
O diagnóstico é feito por teste de tolerância, empregando a lactose como desafio. Com a descoberta
dos finlandeses do polimorfismo associado com a persistência da lactase, principalmente no norte da
Europa, o exame genético passou a ser outra ferramenta diagnóstica mais confortável para o intolerante.
No Brasil, 43% dos brancos e dos mulatos têm alelo de persistência da lactase, sendo a hipolactasia
mais frequente entre os negros e japoneses. Entretanto, na prática clínica indivíduos com hipolactasia
podem ser orientados a consumir alguns derivados do leite e alimentos contendo lactose sem apresentar sintomas de intolerância, enquanto que outros terão que fazer restrição de lactose na dieta.

http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n2/a25v56n2.pdf

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